Artigos talvez sim....

Wednesday, November 22, 2006

Salário Mínimo

Segundo as teorias económicas a existência do salário mínimo leva à ineficiência do mercado de trabalho. Em termos de equidade, certas correntes de pensamento indicam que o salário mínimo tem o efeito que o nome indica, ou seja, é mínimo e muito poucos salários existem que sejam o mínimo.
Mas em Portugal acontece, que uma parte considerável dos trabalhadores recebe o salário mínimo nacional. Daí que agora com a discussão do valor do salário mínimo eu entenda que ele deve ser aumentado o mais possível. Não deveremos querer ser um país competitivo em termos de salários.
Por outro lado, acho que se queremos dar hipótese de sobrevivência às empresas que actualmente apostam nos salários baixos, o governo tem de anunciar qual o salário mínimo para o ano e para os próximos 5 anos. Deve estabelecer uma meta ambiciosa e garantir às empresas que será esse o aumento máximo por ano para o salário mínimo. Deste modo as empresas passam a ter a informação necessária para se adaptarem mais rapidamente às novas condições do mercado de trabalho.

Thursday, November 09, 2006

O balanço do 1º terço do campeonato

À terceira pausa na Liga, precisamente a uma jornada de atingir o primeiro terço da competição, a inegável hegemonia do F.C. Porto supera e extravasa os limites da liderança isolada. A supremacia do Campeão é vincada por quase todas as alternativas de análise e abordagens possíveis, estendendo-se a capítulos específicos, que permitem distinguir na equipa de Jesualdo Ferreira o melhor ataque da prova, a melhor defesa ou o melhor marcador.
Ponto prévio: o F.C. Porto é a única equipa da Liga que nunca ficou em branco nos jogos disputados. Por outras palavras, o líder marcou sempre, somando, à nona jornada, 21 golos e perfazendo uma média de 2,33 por encontro, justamente a mais elevada cifra da prova.
A defender, os Dragões apresentam também o melhor registo, tendo sofrido apenas seis golos, número igualado pelo Belenenses, que goza da vantagem de ter menos uma partida disputada. Em termos de média, os azuis e brancos concedem 0,66 golos por jogo, número inferior aos 0,75 consentidos pela equipa lisboeta.
Nos nove jogos disputados, o F.C. Porto não sofreu golos em cinco: nas recepções ao Marítimo e ao Beira-Mar e nas deslocações à Figueira da Foz, a Setúbal e à Luz, onde venceu o Estrela da Amadora.
O primeiro classificado da Liga, que por quatro vezes venceu por 3-0, apresenta também a maior série de vitórias, ainda que de parceria com o Nacional. O Campeão soma quatro triunfos consecutivos entre a primeira e a quarta jornada, período em que apontou dez golos e sofreu apenas um. A equipa madeirense, que ocupa a quinta posição, marcou também dez golos, da quarta à sétima ronda, mas consentiu dois. O F.C. Porto coloca ainda Hélder Postiga no topo da lista de melhores marcadores, ao lado do boavisteiro Linz, de Ronny, do Paços de Ferreira, e de Nei, da Naval.
Postiga, de 24 anos, contabiliza, todavia, menor tempo de utilização (616 minutos) e menos um jogo do que os parceiros de liderança, tendo falhado o encontro de abertura, frente à União de Leiria. Marcou ao Beira-Mar, ao Braga, por duas vezes ao Marítimo, ao Setúbal e viu o remate certeiro que abriu caminho à vitória sobre o Benfica ser atribuído, pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a Lisandro López.
O melhor cadastro disciplinar da competição (os jogadores do F.C. Porto viram o cartão amarelo em 22 ocasiões) completa uma vasta relação de dados e informações que selam a incontestável superioridade do Dragão.